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CNC: Balanço Semanal de 29/05 a 2/06/2017

Tipo de Clipping: WEB

Assunto: Cooxupé

Data: 05/06/2017

Veículo: Brasil Agro

Presidente do CNC, deputado Silas Brasileiro, lança pedra fundamental do projeto Café Forte e debate pesquisa e políticas públicas para o setor.
CAFÉ FORTE
Na sexta-feira passada, 26 de maio, em Alpinópolis (MG), foi lançada a “pedra fundamental” do projeto Café Forte, que é realizado por CNC, Canal Rural e Cooxupé, conta com o apoio do Sistema OCB e tem coordenação técnica da Embrapa. A inédita iniciativa pretende promover a conexão entre entidades, governo, cafeicultores, cooperativas, instituições de pesquisa e empresas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do café. Haverá organização das estatísticas do setor, difusão de conhecimento e serão propostas reflexões sobre a cafeicultura e seu planejamento estratégico como um todo. O presidente executivo do CNC, deputado federal Silas Brasileiro, entende que o projeto Café Forte auxiliará a cafeicultura nacional a ter um crescimento mais sustentável, obter fortalecimento de sua imagem interna e externamente e, ainda, a criar uma base sólida e confiável de informação do setor. PESQUISA & DESENVOLVIMENTO
Na quarta-feira, 31 de maio, foi realizada a 27ª Reunião Ordinária do Comitê Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (CDPD) do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC). Atendendo a uma solicitação do CNC, o gerente geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, apresentou os principais resultados obtidos por meio dos trabalhos do Consórcio Pesquisa Café, como variedades com características de elevada produtividade, tolerância a estresses bióticos e abióticos e alta qualidade de bebida. Também foram destacados os avanços obtidos em biotecnologia, com o projeto Genoma Café tendo sequenciado e identificado mais de 33 mil genes de expressão de características de qualidade e tolerância a estresses bióticos e abióticos de três espécies do gênero Coffea. Os resultados desse projeto estão sendo aplicados na produção de híbridos superiores do fruto, com múltiplas características agronômicas desejáveis e que apresentam resistência à ferrugem e tolerância à seca e a temperaturas elevadas. O Genoma Café tem como vantagem principal a redução do tempo necessário no melhoramento genético do cafeeiro para 6 a 8 anos, ante as três décadas dos métodos convencionais. Bartholo listou as tecnologias desenvolvidas pelo Consórcio Pesquisa Café em fase de transferência aos produtores: (i) uso racional da água com estresse hídrico controlado, visando ao aumento da qualidade do café; (ii) cultivo de braquiária nas entrelinhas do cafeeiro, com impacto de melhora da qualidade do solo; (iii) monitoramento de pragas e doenças; (iv) podas programadas para rejuvenescimento da lavoura; (v) nutrição equilibrada; e (vi) sistema de cultivo para colheita mecânica em área de montanha. O representante da Embrapa apresentou, ainda, pesquisas que vêm sendo conduzidas atualmente no Sul de Minas para a caracterização de ambientes cafeeiros voltados ao cultivo de cafés especiais. Em relação à variedade robusta, destacou os “Jardins clonais de Coffea canephora superadensados com arqueamento constante”, tecnologia que visa a reduzir o tempo necessário para a obtenção de “estaquinhas” para a produção de mudas; e a colheita mecanizada do café conilon, que se transforma em realidade no campo com o desenvolvimento de conceitos e a adaptação de maquinário. Por fim, foi informado que a Embrapa Café realizou uma prospecção junto às entidades da cadeia produtiva, a qual resultou em temas para uma nova chamada de projetos de pesquisa junto ao Consórcio, em 2018, caso haja disponibilidade orçamentária. O presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, destacou a importância do desenvolvimento de um planejamento estratégico para a pesquisa cafeeira, com gestão baseada em resultados e ressaltou a necessidade de maior detalhamento das metas alcançadas até o momento pelos 92 projetos de pesquisa do Consórcio, inclusive para embasar a priorização de temas para o desenvolvimento de novas pesquisas e ações de transferência de tecnologia. Brasileiro argumentou que o planejamento estratégico poderá embasar um plano de comunicação e de promoção das ações do Consórcio Pesquisa Café, o qual deverá ser utilizado para captar recursos da iniciativa privada para o desenvolvimento de projetos de pesquisa. A Embrapa Café informou que já está produzindo um sistema de informação on-line que permitirá o acompanhamento do andamento de todos os projetos do Consórcio, iniciativa que vem ao encontro da demanda do CNC. O representante da Fundação Procafé, André Luís Alvarenga Garcia, destacou a importância de concentração das ações de pesquisa nas instituições e equipes que possuem maior expertise nos temas a serem explorados e também chamou a atenção para a necessidade de uma iniciativa que garanta maior capacitação e envolvimento da próxima geração de “melhoristas” em projetos de desenvolvimento de cultivares de café. Por fim, o presidente executivo do CNC afirmou que fará todas as gestões necessárias junto aos ministros da Agricultura, do Planejamento e da Fazenda para garantir orçamento para a pesquisa cafeeira em 2018, ressaltando sua importância fundamental para a ampliação da competitividade da cafeicultura brasileira. POLÍTICA PÚBLICA CAFEEIRA
Em reunião com o diretor do Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, o presidente executivo do CNC tratou de assuntos relacionados a políticas públicas para a cafeicultura. Sobre a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2017, Silas Brasileiro ouviu do representante governamental que o capital para a linha de Custeio estará à disposição para ser tomado a partir de 1º de julho, conforme conquista que obtivemos junto à área econômica do Governo Federal. MERCADO
Em meio à volatilidade e a uma semana mais curta devido ao feriado do Memorial Day, na segunda-feira (29/05), nos Estados Unidos, os futuros do café arábica recuaram no mercado internacional. A queda foi motivada pelo avanço da colheita brasileira e – apesar da leve retração semanal de 0,6% ante o real – pelo fato de o dólar ainda se encontrar em patamar valorizado. Ontem, no Brasil, a moeda norte-americana avançou puxada por aquisições de importadores e seguindo o fortalecimento no exterior. O dólar ganhou força desde cedo ante as principais divisas e o ajuste cresceu com o bom desempenho na criação de empregos, no setor privado, em maio, nos Estados Unidos. A moeda encerrou a sessão a R$ 3,2467. Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho do Contrato C foi cotado a US$ 1,2770 por libra-peso na quinta-feira, com declínio de 350 pontos na comparação com o fechamento da semana anterior. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, na ICE Futures Europe, apresentou perdas de US$ 10, encerrando o pregão de ontem a US$ 1.981 por tonelada. As cotações do café arábica, no Brasil, permaneceram em queda, pressionadas pelo desempenho internacional, o que fez com que os agentes se afastassem do mercado. O indicador calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para a variedade recuou 1,68% na semana, situando-se em R$ 451,23/saca. Já o indicador do café robusta avançou 1,38% no período, para R$ 424,96/saca, sendo alavancado pela retração da ponta vendedora.

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