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Agronegócio será fundamental para recuperação econômica pós-pandemia

No segundo dia de encontros do Assembleia Fiscaliza, deputados cobraram desburocratização de processos para facilitar empreendedorismo no campo

No segundo dia de reuniões do Assembleia Fiscaliza, deputados cobraram da secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Maria Valentini, a desburocratização de processos para facilitar o empreendedorismo no campo. Para os parlamentares, o agronegócio será fundamental para a recuperação econômica pós-pandemia.

A produção do agronegócio mineiro é responsável por mais de 10% da produção do país, segundo dados apesentados pela Seapa. “Neste ano, tivemos safra recorde de grãos confirmada. Achamos que isso ajudará muito na recuperação do Estado”, afirmou a secretária.

Apesar da boa notícia, os parlamentares também apontaram problemas que têm afetado o setor e pediram soluções. O presidente da Comissão de Agropecuária e Indústria, Coronel Henrique (PSL), ressaltou a necessidade de proibir a importação de leite.

“Na pandemia, chegamos ao limite. O produtor compra insumos em dólar e vende o leite em real. O aumento da soja é exorbitante. Mais uma vez, o pequeno produtor é penalizado”, frisou.

A secretária de Agricultura assinalou que a pasta está ciente do problema e concordou que o preço da ração está elevado. “A Associação de Produtores de Leite (Abraleite) já está com uma ação no ministério para fazer frente a essa realidade. Também vamos continuar a sensibilizar o governador em relação ao tema”, informou.

Energia elétrica

O deputado Carlos Pimenta (PDT) ressaltou que algumas medidas que parecem simples são essenciais para impulsionar o crescimento do agronegócio no estado. Como exemplo, ele citou o acesso à luz elétrica, fundamental para desenvolvimento da agricultura familiar e de pequenas propriedades rurais.

“Minas ficou de fora do programa do governo federal de iluminação de áreas rurais, o Luz para Todos. Serão investidos mais de R$ 1 bilhão em dez estados. No Norte de Minas, cerca de 20 mil famílias ainda estão sem energia elétrica”, destacou. O parlamentar sugeriu que a secretaria forme uma frente ampla com bancada mineira na Câmara a fim de tentar incluir o estado na lista de beneficiados.

Seca

Os problemas provocados pela seca também estiveram em pauta durante a sabatina. De acordo com o deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB), muitos produtores de café venderam suas safras futuras e não terão como entregar a produção devido à ausência de chuva. O parlamentar pediu o auxílio da Seapa para coordenar uma ação para mitigar o problema.

Já o deputado José Reis (Pode) cobrou informações sobre os municípios contemplados com kits de irrigação. O parlamentar aproveitou a oportunidade para pedir que a Cemig reconheça a tarifação dos beneficiários como irrigantes. “Não podemos ter uma companhia travando o desenvolvimento regional”, frisou.

Segurança sanitária

O deputado Coronel Henrique destacou ainda que, com a pandemia, uma das prioridades do governo deve ser a inspeção sanitária dos alimentos. Segundo ele, a medida é importante, uma vez que cientistas suspeitam que o novo coronavírus pode ter surgido a partir do consumo, pelo homem, de animais contaminados vendidos no mercado da cidade de Wuhan, na China.

A secretária de Agricultura explicou que é necessário fazer um trabalho integrado com outras secretarias. Segundo ela, no caso da carne, por exemplo, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que é vinculado à Seapa, é responsável pela inspeção do produto até a saída do frigorífico. Depois, a fiscalização cabe à Vigilância Sanitária, que é ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Ações na pandemia

Ana Maria Valentini, afirmou que, apesar da pandemia de Covid-19, a pasta manteve os serviços públicos essenciais, como o trabalho de inspeção feito IMA. Outras ações foram a publicação de decreto para regulamentar a produção de queijo artesanal, uma campanha para estimular a compra de flores, e o Programa Irriga Minas, por meio do qual foram adquiridos 704 kits de irrigação por gotejamento, que vão beneficiar agricultores do Norte do Estado e Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce.

Fonte: O Tempo