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Após tabelamento, setor de café já nota aumento de 100% no frete
Medida foi anunciada pelo governo como uma das iniciativas
para estancar os protestos de caminhoneiros
Ele disse que a entidade não tem, por ora, um cálculo fechado sobre o impacto dos fretes mais caros, mas ponderou que alguns associados já relataram preços “50%, 100%” maiores.
Conforme Carvalhaes, dependendo da região produtora, o frete para levar café até os terminais exportadores, como o Porto de Santos, chega a 2 por cento do valor da saca. Atualmente, a saca do arábica está perto de 460 reais, enquanto a do robusta, em 338 reais, segundo acompanhamento do Cepea, da Esalq/USP.
A imposição de uma tabela de fretes ocorre em um momento delicado para o setor de café do Brasil, o maior produtor e exportador mundial, já que foi dada a largada à colheita de uma safra recorde, estimada em mais de 58 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A maior oferta neste ciclo, dada a bienalidade positiva do arábica, é vista como uma tábua de salvação para que as exportações do Brasil voltem a reagir, elevando a participação do país no mercado internacional.
Segundo Carvalhaes, por ora os compromissos assumidos estão mantidos.
O mesmo disse a Cooxupé, a maior cooperativa de café do mundo, com sede em Guaxupé (MG).
“Quanto às exportações, os contratos já haviam sido fechados com as transportadoras e, então, os valores dos fretes seguem o contratado até o momento.”
A cooperativa destacou que não possui caminhões próprios para o transporte de café.
Nesta quarta-feira, representantes do setor de grãos alertaram que a tabela de frete limita o escoamento de grãos e deve afetar o desempenho das exportações em junho.
Já o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, revelou que a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) se comprometeu a reavaliar o assunto.
POR REUTERS (Por José Roberto Gomes e Roberto Samora)