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Brasil registra recorde na importação de fertilizantes
Operação chegou a 41,6 milhões de toneladas em 2021, de acordo com a Conab
A importação de fertilizantes pelos produtores brasileiros atingiu nível recorde no ano passado. Isto porque chegou a 41,6 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro de 2021.
Os dados são do Boletim Logístico de janeiro, da Companhia Nacional de Abastecimento.
Importação de fertilizantes
Apesar do porto de Paranaguá, no estado do Paraná, ainda ser a principal porta de entrada para o recebimento do produto, outras rotas têm conquistado um maior espaço.
Santos, por exemplo, registrou um aumento na entrada de fertilizantes com um direcionamento ao Mato Grosso e estados do Sudeste e Centro-Oeste em torno de 53%. Isto representou de 6,6 milhões de toneladas para 10,1 milhões de toneladas.
Ainda de acordo com as informações da Conab, o principal estado produtor de grãos do país, Mato Grosso foi o que mais importou no ano passado. Registrou, pois, um volume de 8,0 milhões de toneladas de adubos. A sua maioria, por meio dos portos de Santos e Paranaguá.
Logística e fretes
O mesmo comportamento apontado em Santos ocorre nos portos do Arco Norte. Estes também tiveram um incremento na sua participação em volume, sobretudo, visando atender a Região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Mato Grosso.
Os volumes recebidos em Santarém (PA), Barcarena (PA), Itacoatiara (AM) e Itaqui (MA) equivalem a 29,1% do volume importado para atendimento do Mato Grosso. Evidenciando, assim, que o produtor deste estado buscou alternativas para diminuir o custo logístico deste produto de alto valor agregado.
O início da colheita da soja pressionou os preços de frete na maioria dos estados. O relatório também aponta que a alta das cotações dos serviços de transporte pode ser verificada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás ainda no final do ano passado. Além disso, a elevação no preço do óleo diesel também exerce influência no valor praticado no mercado.
O Paraná também registrou uma alta nos preços em dezembro, mas a elevação se justifica pela menor oferta de caminhões, parados devido às festas de final de ano. A previsão é que em janeiro os preços normalizem, porém, com a entrada da nova safra, a redução não deverá ser muito grande.
Já no Distrito Federal, o mercado continua operando com baixos volumes que ainda serão transportados. A excessiva oferta de caminhões no período, por exemplo, forçou as cotações para baixo na maioria das rotas pesquisadas em dezembro de 2021. Isto em comparação com o mês anterior.
No entanto, o desempenho das lavouras de grãos na região segue positivo, com a expectativa de que sejam alcançados níveis recordes de produtividade. O boletim completo está disponível aqui.