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Chuva pode ganhar força em importantes áreas agrícolas nesta semana
A quantidade de chuva pode aumentar na segunda quinzena de outubro, de acordo com a meteorologia. A previsão indica chuva mais intensa ao mesmo tempo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A ausência de chuva forte sobre o oceano indica que o aumento da precipitação acontecerá na forma de pancadas. Ou seja, o cenário é melhor, mas ainda não há garantia de acumulados elevados em todos os municípios produtores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste nos próximos 15 dias.
Até a sexta-feira, 13, a previsão indicava maior chance de chuva intensa sobre o norte de São Paulo, centro-oeste de Minas Gerais e sudeste e leste de Goiás. Posteriormente, para os dias 24 e 28 de outubro, os maiores acumulados permanecerão concentrados sobre Minas Gerais, Goiás e São Paulo, mas também há previsão de precipitações mais intensas sobre o interior da região Sul, sul e leste de Mato Grosso do Sul, sul, centro e oeste de Mato Grosso, sul de Rondônia e sul e sudoeste da Bahia.
Entre 29 de outubro e 02 de novembro, além de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, há previsão de chuva mais intensa sobre o norte do Rio Grande do Sul e centro do Paraná, nordeste de Mato Grosso do Sul e sul de Mato Grosso. Há uma tendência de melhora, mas muito gradativa. Mesmo olhando para frente, tanto o modelo de previsão numérica americano como o canadense indicam uma melhora lenta nas chuvas para novembro. A primeira semana do próximo mês não será tão chuvosa como a última de outubro. Somente na segunda semana do mês a precipitação ganhará intensidade sobre o Sudeste e Centro-Oeste.
Apesar da previsão de temperatura acima da média para boa parte do país, chama a atenção uma queda mais acentuada da temperatura no fim de outubro na região Sul com mínimas próximas dos 5°C na Campanha Gaúcha, padrão típico de La Niña. O Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (Noaa) afirmou em sua publicação mensal que o fenômeno atual La Niña irá variar entre moderado e eventualmente forte no fim da primavera e início do verão. E isso, de acordo com as simulações climáticas, implicará em aumento das precipitações sobre o Nordeste, Norte e a porção norte das regiões Sudeste e Centro-Oeste em dezembro.
Por outro lado, o último mês de 2020, ainda será mais seco que o normal em Mato Grosso do Sul, oeste e norte de São Paulo, Triângulo Mineiro e em boa parte da Região Sul. Somente em janeiro, aparecem desvios mais próximos da média no Sul, mas que deverão trazer um alívio muito curto às áreas produtoras da região.
Nos últimos dias, o Brasil tem recebido pancadas esparsas de chuva que, onde caem, aumentam a umidade do solo e permitem instalação, mas na maior parte das áreas produtoras, praticamente não choveu. Isto vem paralisando as atividades de plantio, gerando replantio e prejudicando o desenvolvimento de áreas já instaladas. Cenário semelhante foi observado em 2007, quando um fenômeno La Niña também atrasou de forma significativa a regularização da chuva no Brasil.
Além da safra, as safrinhas de milho e algodão também podem ser comprometidas pela possível falta de chuva e/ou estiagem no fim do outono de 2021. Os maiores desvios negativos de chuva são observados entre o oeste de Mato Grosso do Sul e o norte do Rio Grande do Sul. São pelo menos 150 milímetros a menos que o normal para os últimos 30 dias comprometendo o desenvolvimento do milho primeira safra no Rio Grande do Sul e Paraná e paralisando a instalação da soja.
Fonte: Canal Rural