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Consumo de café deve crescer em 2022 no mundo
Segundo colunista Kellen Severo, projeções são de alta na demanda no Brasil e em outros países; consumidor deve ver reajustes de preço
O consumo de café deve crescer em 2022 no Brasil e em todo o mundo. Por outro lado, o consumidor final verá reajustes no preço da bebida. As informações são da colunista Kellen Severo, que assina a coluna Hora H do Agro, da Jovem Pan.
“A oferta de café ainda é limitada, mas a demanda está se consolidando nestes primeiros momentos do mundo pós-pandemia”, diz.
Segundo a colunista, a reabertura do comércio e a retomada econômica estão colaborando para acelerar o consumo.
De acordo com o Rabobank, nos últimos 12 meses, os estoques de café caíram 8,5% na Europa, 5,9% nos Estados Unidos e 7% no Japão.
“Embora ainda existam preocupações com a Covid-19 nessas regiões, por conta do recente aumento de casos ou surgimento de novas variantes, principalmente com a aproximação do inverno no hemisfério norte, a estimativa ainda é otimista, destacou o banco holandês”, diz Kellen.
Consumo de café deve crescer em 2022
A projeção é de incremento de 2,4% no consumo global em 21/22, com 168,8 milhões de sacas. No Brasil, o número pode chegar a 21,5 milhões de sacas consumidas na temporada 2021/22, o que será 0,5% superior ao ciclo 2020/21.
Como resultado, esse cenário de consumo aquecendo e oferta de café menor, depois de quebras de safra em regiões produtoras importantes, como aqui no país, resultou em preços altos.
“No acumulado das três primeiras semanas de novembro, a valorização da saca tipo arábica chegou a 10,86% na comparação com o mês anterior, sendo negociada a R$ 1.392,66 no dia 19 de novembro, – um novo patamar recorde”, explica. No ano, a alta é de 126%.
Para o próximo ano, o cafezinho deverá sofrer reajustes. “Já que torrefadores devem repassar ao consumidor o aumento dos custos de matéria-prima e gargalos logísticos devem continuar impactando o fluxo global de café.”