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Cuidados na colheita e pós-colheita definem a qualidade do seu café

O mercado consumidor está cada vez mais exigente em qualidade e consequentemente remunera o produtor de forma compensatória nos cafés que se destacam em qualidade, por isso o cafeicultor tem que se atentar diariamente aos cuidados nos processos de pré e pós-colheita. PÓS-COLHEITA: 1 Limpeza e desinfecções dos equipamentos: como terreiros, abanadores, lavadores, descascadores, elevadores, moegas, tulhas, secadores, máquinas de beneficio. Os grãos de café remanescentes da safra anterior jamais poderão se encontrar com os grãos da safra nova. 2 • Abanação: o equipamento deve estar regulado para retirada das impurezas que porventura vier da colheita, diminuindo com isto o processo de fermentação e o tempo de secagem. 3 Lavador: o equipamento tem a função de separar as impurezas, fruto cereja, fruto verde e frutos secos. Este equipamento quando bem regulado uniformiza os lotes, padroniza a seca, melhorando a qualidade. Fiquem atentos à troca diária da água do lavador ou no máximo 8 horas quando o uso for contínuo. 4 Cereja Descascado (CD): o descascador é o equipamento que processa o cereja descascado, ou seja, faz-se a separação do café verde e do café cereja. É uma opção de pós-colheita que pode agregar valor ao produto, além de facilitar o processo de secagem. Neste processo, não pode haver a presença de grãos verdes no cereja, isto compromete a qualidade. No terreiro, o café descascado deve ser esparramado em camadas finas. No primeiro dia, o ideal é colocar 7 litros/m², no segundo dia pode engrossar para 14 litros/m² e revolver o máximo de vezes possível, cuidando para não danificar o pergaminho. No terceiro dia, o café deverá ser levado para o secador na umidade ideal de 25%. 5 Café Natural: o café deve ser lavado no mesmo dia da colheita, a fim de separar os frutos bóia, do café cereja e verde. Nos primeiros dias recomenda-se que o café seja esparramado em camadas finas, devendo revolver o máximo de vezes possível. O café deve permanecer no terreiro até que sua umidade atinja 18% (meia seca), momento ideal para ser levado ao secador. 6 Secador: é muito importante que os lotes sejam homogêneos, misturando no máximo três dias de colheita. O quadro abaixo indica as temperaturas ideais nos termômetros do ar e da massa. Temperaturas máximas no secador (°C) CAFÉ DO AR MASSA DE GRÃOS Bóia 80 45 Cereja Descascado 70 35 Verde 65 30 Verde Descascado 65 30 7 Umidade ideal para benefício (%): é extremamente importante aferir a umidade dos grãos de café antes de descarregar o secador, sendo o ideal de 11 a 11,5%. 8 Tulha de descanso: a tulha deve ser de madeira para garantir o melhor isolamento térmico, evitando o contato do café com umidade externa. Na tulha não devem ser misturados cafés de diferentes lotes. 9 Benefício: Antes do benefício, deve-se certificar novamente a umidade do grão de café, se a umidade estiver acima 11,5 % o café deverá voltar para o processo de secagem. Pontos determinantes para obter um café de boa qualidade: Formação de lotes A formação de lotes inicia com a escolha do talhão, de acordo com a variedade, maturação, face de exposição do talhão ao sol e altitude. Início da colheita É necessário fazer avaliações periódicas determinando o percentual de maturação de cada talhão, iniciando a colheita sempre pelos talhões com maior percentual de frutos maduros. Colheita O fruto após ser colhido deve ser levado para o terreiro o mais rápido possível, diminuindo o risco de fermentação. É indicado recolher o café colhido da roça, duas vezes ao dia.