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Exportação brasileira de máquinas agrícolas cresce 83%
As exportações brasileiras de máquinas e implementos agrícolas somaram quase US$ 487 milhões de janeiro a julho, um aumento de 82,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em julho isoladamente, as vendas externas renderam US$ 71,3 milhões, um avanço de 84% sobre o mesmo mês de 2016.
De acordo com Cristina Zanella, do Departamento de Economia e Estatísticas da Abimaq, o crescimento registrado este ano até agora ocorreu sobre uma base de comparação reduzida em relação à média histórica de embarques, daí as variações significativas. “Nos últimos dois anos houve uma forte queda na média mensal e agora as exportações estão voltando ao nível normal”, disse.
Os principais mercados do Brasil neste segmento são nações vizinhas, com destaque para Argentina e Paraguai, mas o País vende para outras regiões também, como o mundo árabe, onde o maior mercado é o Sudão. Os itens mais importantes da pauta são colheitadeiras, pulverizadores e debulhadores, segundo Zanella.
Para ela, a tendência atual das exportações deverá continuar. “Claro que isso depende da taxa de câmbio, mas [as vendas externas] deverão oscilar em torno dos níveis mensais históricos”, declarou.
Total
Já as exportações totais de máquinas e equipamentos do Brasil somaram US$ 4,81 bilhões de janeiro a julho, um aumento de 4,7% sobre o mesmo período do ano passado. Em julho isoladamente, os embarques renderam US$ 727 milhões, um crescimento de 20,2% em relação ao mesmo mês de 2016.
De acordo com Zanella, neste caso as vendas externas seguem baixas em comparação com a média histórica, apesar do avanço registrado. Ela acrescentou que a média mensal historicamente girava em torno de US$ 1 bilhão e agora oscila de US$ 700 milhões e US$ 800 milhões.
“Mas houve uma retomada neste início de ano, pois com o mercado interno em baixa, muitas empresas têm optado pelo mercado externo, mesmo com rentabilidade reduzida e até prejuízo em alguns casos”, destacou. Além disso, segundo ela, multinacionais do setor com presença no Brasil têm concentrado pedidos de máquinas e equipamentos em suas filiais no País.
Fonte: ANBA