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Gargalos logísticos seguirão como desafio para setor de café em 2022
Afirmação do presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, reforça que a logística está longe do equilíbrio de antes da pandemia
O presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Nicolas Rueda, afirmou que os gargalos logísticos seguirão como desafio para setor de café em 2022.
Isto porque o cenário segue com a dificuldade da chegada do produto ao destino final.
De acordo com reportagem publicada pelo Broadcast Agro, Rueda disse que os especialistas mais otimistas acreditavam em uma melhora ao fim do ano chinês. Ou seja, período que terminou no dia 31 de janeiro.
“Por mais que percebamos melhoria, a logística está longe do equilíbrio de antes da pandemia”, lamentou Rueda durante participação no CoffeeCast.
Ele reforçou, ainda, que, de acordo com os especialistas, a recuperação do equilíbrio no transporte de cargas só deve ocorrer ao fim deste ano. Ainda salientou que o entrave logístico não se resume à falta de contêineres e dificuldade com booking.
“Falamos da falta de caminhoneiros, mão de obra simples, para fazer tarefas de desembarcar cargas no destino”, aponta.
Conforme Rueda, é preciso torcer para que a previsão dos especialistas esteja correta. “Precisamos de tranquilidade na logística local e internacional.”
Gargalos logísticos
De acordo com ele, os exportadores de café tentam mitigar os problemas logísticos com muito trabalho, dedicação e criatividade.
“Os times logísticos dos exportadores, anteriormente, conseguiam booking com uma ou duas tentativas. Agora, em média, são necessárias oito tentativas”, afirmou na reportagem.
Rueda destacou também a criatividade na exportação. Citou os embarques de café na modalidade break bulk, em que o produto é depositado no porão do navio, como alternativa aos embarques clássicos em contêineres.
“O break bulk é uma volta ao passado, com tecnologia do século 21, com big bags, em ambiente completamente adequado para preservar a qualidade do café, em uma série de preparações para chegar ao destino com muita eficiência”, explicou.