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Mapa cria grupo para monitoramento e assessoria sobre fertilizantes

O grupo será formado por representantes de agricultores, da indústria de defensivos e fertilizantes e de distribuidores

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, criou um grupo de monitoramento e assessoria sobre fertilizantes.

Assim, o núcleo será formado por representantes de agricultores, da indústria de defensivos e fertilizantes e de distribuidores.

Dessa forma, o objetivo é reforçar a atenção sobre o fornecimento de fertilizantes. Bem como regularizar a importação para a próxima safra, 2022/2023.

Segundo o Mapa, os encontros serão semanais com atualização dos cenários e propostas de ação para mitigar riscos ao setor.

Monitoramento e assessoria sobre fertilizantes

A preocupação do mercado em relação ao abastecimento de fertilizantes é reflexo da crise pós-covid e energética vivida por países como a China. Além do país, Rússia, Canadá e Belarus são importantes fornecedores de fertilizantes para o Brasil.

Mesmo assim, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume de importação de fertilizantes no país bateu, em outubro, a marca histórica de 33,8 milhões de toneladas.

O número indica um maior investimento na safra atual, bem como um aumento de área plantada dos principais produtos do Brasil, como soja e milho. A previsão da companhia é de que o Brasil importe, nos próximos meses, mais de 35 milhões de toneladas desses insumos.

Reduzir a dependência

Segundo a ministra do Mapa, o Brasil precisa diminuir a dependência da importação e fortalecer a produção interna.

“Sabemos que o caminho não é curto. Mas precisamos começar o quanto antes e inverter os 80% de dependência e os 20% de produção no Brasil”, disse Tereza Cristina ao citar o Plano Nacional de Fertilizantes.

A ação prevê incentivos para a ampliação da produção de fertilizantes no país e está sendo construído pelo Governo Federal, conforme o Decreto nº 10.605, de 22 de janeiro de 2021.

Preço em alta

A alta nos preços dos fertilizantes neste ano acendeu o alerta para os produtores rurais. Segundo um levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os insumos do agro puxaram os custos no campo.

Assim, de janeiro a setembro deste ano, somente os preços dos fertilizantes subiram mais de 100%. O estudo foi feito em parceria com universidades do Brasil.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, são vários os fatores para o aumento.

“Tivemos uma alta no custo com fertilizantes, decorrente de uma oferta restrita no âmbito do mundo. Isto por problemas de fornecimento de matéria-prima para produção de alguns produtos. Bem como uma demanda aquecida e a valorização do dólar. Isso encareceu esse insumo para o produtor no Brasil. Assim, impacta no custo, já que é um dos principais insumos que compõem o custo operacional.”

Defensivos

Defensivos agrícolas também ficaram mais caros, somente o glifosato, usado em lavoura de soja, milho e algodão, registrou aumento de 126%.

Desta forma, Natália Fernandes explica que, aliado a essas altas, algumas culturas registraram queda de produtividade por questões climáticas, o que dificulta mais a renda dos produtores.

“O café teve uma redução na produção de cerca de 10%, comparado ao outro ano. No caso do milho, pouco mais de 20% de queda na produção e o feijão por volta de 8%. Isso acaba influenciando nos resultados econômicos do produtor rural”, disse.

Portanto, se existe aumento de custo no campo, condições climáticas e prejuízos, é questão de tempo até essa conta chegar ao consumidor final.