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Participação das mulheres no agronegócio cresce a cada ano
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) revelam que entre 2002 e 2015 a Taxa de Participação Feminina na Força de Trabalho (TPFT) cresceu aproximadamente 3 pontos percentuais, chegando a 40% em 2015. A presença feminina vem aumentando ao longo dos anos.
Por conta disso, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, realizou uma série de estudos referentes ao Mercado de Trabalho do Agronegócio. A pesquisa será divulgada em três volumes, visando avaliar os principais aspectos referentes à atuação da mulher no mercado de trabalho do agronegócio brasileiro, considerando um panorama recente, com evidências empíricas e dados atualizados.
Evolução
No primeiro volume do estudo, disponibilizado no site, pesquisadores do Cepea mostram que, entre 2004 e 2015, houve uma tendência geral de redução da população ocupada (PO) do agronegócio, com queda de 6,6% no período. Enquanto o número de homens atuando no setor diminuiu 11,6%, o total de mulheres trabalhando no agronegócio aumentou 8,3%. Diante desse cenário, a participação da mulher no mercado de trabalho do agronegócio cresceu entre 2004 e 2015, passando de 24,11% para 27,97%.
Perfil
O aumento da participação feminina no agronegócio ocorreu sobretudo na categoria de empregadas com carteira de trabalho assinada, principalmente entre 2009 e 2013. Pesquisadores apontam que quanto às características socioeconômicas das mulheres do agro, observa-se que o aumento da participação feminina no setor foi impulsionado por trabalhadoras com um maior nível de educação formal, indicando evolução positiva atrelada a empregos que demandam maior qualificação.
Satisfação
Das mulheres que atuam no agronegócio, pesquisas do Cepea mostram que 67,9% se mostram satisfeitas (em termos de jornada de trabalho, salário e igualdades de oportunidade e tratamento), praticamente o mesmo percentual apresentado no Brasil, em geral. Já as insatisfeitas com seus empregos no agronegócio correspondem a 20,83% das mulheres, contra 22,3% da média nacional de mulheres insatisfeitas com o emprego.
Próximos volumes
O segundo volume detalhará o aumento da participação feminina no trabalho – serão observados os crescimentos nos subgrupos de interesse, delimitados a partir de características como escolaridade, número de filhos, status civil e outros. A terceira parte do estudo focará em questões relacionadas à desigualdade salarial.
O relatório completo está disponível no site.
Fonte: Café Point