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Vendas de defensivos biológicos dispararam em 2018

As vendas de defensivos biológicos cresceram 77% em 2018, com faturamento de R$ 464,5 milhões de reais contra os R$ 262 milhões registrados em 2017. Os números, um recorde para o setor, foram divulgados durante entrevista coletiva realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) nesta quinta-feira (21/3), em São Paulo (SP).

De acordo com o novo presidente-executivo da associação, Arnelo Nedel, o aumento nas compras de biofungicidas, cujas vendas cresceram 148%, e o trabalho das empresas junto aos produtores foram responsáveis pelo desempenho.

Segundo a ABCBio, o setor ainda está se consolidando e o aumento do uso dos biodefensivos em culturas que ocupam grandes áreas como a soja, responsável por mais de 50% das vendas, eleva muito o uso desses produtos.

Em termos de culturas o crescimento maior foi registrado no setor da hortifruticultura, que sente mais imediatamente a preocupação dos consumidores. “Quando o consumidor vai comprar uma fruta ou hortaliça ele está mais preocupado, nesse mercado ele é mais incisivo”.

Apesar do aumento vertiginoso das vendas no ano passado, os executivos não acreditam em um crescimento semelhante para 2019. “O crescimento deve voltar aos patamares de 15, 20% que vinha tendo nos anos anteriores, quando houve fatores específicos para o crescimento do mercado como a explosão da helicoverpa armigera”, disse Arnelo.

De acordo com a consultora executiva Amália Borsari, culturas como soja, algodão, café e cana ainda têm baixa adesão ao mercado de biológicos. Com o desenvolvimento de novas tecnologias a tendência deve ser de crescimento. Com isso, a participação dos biológicos deve ser ainda maior no mercado total de defensivos. Hoje, a fatia dos biológicos é de 2% do total. “Nós não comparamos porque são mercados muito diversos. O crescimento dos biodefensivos é muito mais acelerado porque é um mercado novo”.

Custo

Segundo a ABCBio, a discussão sobre o preço dos biológicos é ampla. “Se pensarmos que em escala o biológico é muito menor é mais caro. Quando trabalhamos com moléculas e temos demanda maior de mercado uma indústria pode rodar 24 por sete e paga a produção. Quando produzimos micro-organismos não podemos fazer com que cresçam mais rápido. Produzir de forma eficiente é mais caro que a molécula química de um modo geral”, disse Arnelo.

Mas para a associação, uma coisa não se opõe à outra. Cada vez mais há o entendimento do uso conjunto dos produtos sintéticos com os biológicos. “O biológico torna o químico mais eficiente”, disse o presidente da ABCBio.

 

Fonte: Globo Rural